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Número 4

Outubro 2014

Liderança Funcional

 

Sabemos o que é liderança funcional? O que a distingue? Qual poderá ser o seu impacto? Onde há formação e treino?

 

João Oliveira

Nº 4, Outubro 2014

 

 

Temos a sensação de que ainda podemos melhorar as nossas capacidades de liderança? Os conhecimentos, competências e ferramentas de que dispomos AINDA não estão a corresponder em 100% às nossas necessidades enquanto líderes? Quais são as novidades, o que poderá haver de novo ao nível da liderança?

 

Se estamos curiosos, então esta newsletter poderá ser muito interessante para nós.

 

PODEMOS RESPONDER ÀS SEGUINTES QUESTÕES:

 

Como chegamos à liderança funcional?

O que distingue a liderança funcional?

O que é a liderança funcional?

Qual foi o impacto da utilização da liderança funcional?

Se é possível ter formação e treino em liderança funcional?

 

Começamos a liderar equipas há 28 anos e fazíamo-lo em função das referências de líderes de que dispúnhamos, das características da nossa própria personalidade e de uma ou outra tendência, como por exemplo, a de liderar em função da premissa “my way or high way” (isto é, se as pessoas não fizessem o que lhes dizia, então teriam que sair). Contudo, verificamos que este método acabava por criar mais problemas do que soluções. Percebemos, deste modo, que este não seria o caminho e, por isso, procuramos alternativas baseadas noutros estilos de liderança. Conscientes de que nenhum modelo seria satisfatório em si mesmo, recorremos às propostas da liderança situacional, com a esperança de respondermos à necessidade de nos adaptarmos, mudarmos em função das necessidades das situações. Todos estes passos significaram progressos importantes, contudo, fomos sendo confrontados com novos problemas que continuavam sem solução satisfatória e por isso, continuávamos insatisfeitos, com a nossa capacidade de liderança.

 

QUAL ERA A NOSSA INSATISFAÇÃO?

 

Embora estivéssemos comprometidos em fazer o melhor, não conseguíamos:

  • Tornar o todo superior à soma das partes;

  • Fazer a diferença;

  • Criar a possibilidade de cada um e todos em conjunto sermos a nossa melhor versão e assim atingirmos e utilizarmos todo o nosso potencial.

 

O QUE É QUE FALTAVA? QUE LIDERANÇA?

 

Por esta altura iniciamos uma “cruzada”, na procura de conhecimentos. Integramos o Centro de Investigação e Treino para o Trabalho em Equipas, dirigido pelo Prof. Dr. José Miguez e pelo Prof. Dr. Paulo Lourenço, procuramos algumas das referências mundiais nesta área, concluímos um Doutoramento em Psicologia e fomos aplicando e testando os novos conhecimentos, competências e ferramentas.

Como resultado deste processo, por agora, podemos dizer que faltava LIDERANÇA FUNCIONAL.

 

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS? O QUE É A LIDERANÇA FUNCIONAL? O QUE MUDOU EM FUNÇÃO DA LIDERANÇA FUNCIONAL? HÁ A POSSIBILIDADE DE FAZER FORMAÇÃO / TREINO EM LIDERANÇA FUNCIONAL?

 

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS?

 

Poderemos pensar que a liderança funcional é mais do mesmo, é apenas “marketing”, é mais um “label comercial”. Será que é isto mesmo?

 

A liderança funcional pode diferenciar-se por: (a) considerar outras dimensões do contexto; e por (b) integrar outros fatores.

 

Quais são as outras dimensões do contexto que considera? Quais são os outros factores?

 

Existem muitas diferenças ao nível das dimensões do contexto, vamos distinguir apenas seis:

 

  1. Antes da liderança funcional o contexto considerava as variáveis fases de desenvolvimento e 2 níveis de interacção. A liderança funcional DIFERENCIA E VALORIA MAIS DO QUE UM contexto. Por exemplo, distingue: o contexto primário e secundário, onde as fases de desenvolvimento constituem o contexto primário e consideram 3 níveis de interacção (tarefa, intrapessoal e interpessoal), e o contexto secundário; o contexto de ameaça ou seguro; o contexto pessoal ou membro, (…);

  2. Anteriormente à nossa adesão à liderança funcional, estávamos concentrados em gerir o tempo, ora, a liderança funcional concentra-se em gerir a energia potencial e utilizável;

  3. Do mesmo modo, antes, investíamos na dimensão cognitiva e emocional. Sendo certo que, a liderança funcional investe nessas dimensões (cognitiva e emocional), mas também considera duas outras dimensões: física e espiritual;

  4. Antes da liderança funcional, o alvo da intervenção do líder não se apresentava claro. A liderança funcional identifica o sistema intermédio como o alvo prioritário da liderança;

  5. Antes da liderança funcional, o critério de mudança na liderança eram as situações. Na liderança funcional, o critério de mudança na liderança é o critério de comportamento funcional, isto é, o comportamento apoiar ou não o objectivo explícito do contexto;

  6. Antes da liderança funcional, a tomada de decisão, a gestão de conflitos, a comunicação e a própria liderança eram consideradas “peças soltas de uma bicicleta”. A liderança funcional vem juntar essas “peças”, considera a sua interacção e dinamismo ao longo do tempo, integrando todos estes processos, numa lógica de desenvolvimento e por isso atribui a estas áreas um contexto e uma interacção que não existia.

 

A liderança funcional também se distingue por considerar, de forma integrada e interdependente, dois outros factores: os objectivos e os papéis.

 

Quais são as diferenças ao nível dos objectivos? Quais são as diferenças ao nível dos papéis?

 

Quanto aos objectivos, sabíamos que o comportamento é dirigido por objectivos, que os objectivos deveriam ser SMART e que a produtividade era o critério de eficácia. Contudo, paradoxalmente, embora as equipas tivessem objectivos claros, o comportamento das pessoas nem sempre (diria mesmo, a maior parte das vezes) apoiava esses objectivos. A resolução deste paradoxo e outras questões poderá encontrar resposta na diferença da liderança funcional ao nível dos objetivos, pois considera objectivos primários e secundários; explícitos e implícitos; e ao nível da eficácia considera o critério de produtividade, mas acrescenta e integra os critérios satisfação, perenidade e imagem.

 

Quanto aos papéis, colocamos a questão: O QUE É QUE FAZEM OS LÍDERES?

 

Provavelmente haverá algum acordo em torno da ideia de que, os líderes: dirigem, orientam, treinam, inspiram, motivam, organizam, (…). Os líderes fazem tudo isto? Sim, fazem tudo isto e muito mais.

 

Se tivéssemos que sintetizar numa só ideia o conjunto das competências dos líderes, o que é que escolhíamos?

 

A liderança funcional permite esta resposta, pois cada uma das competências dos líderes constitui diferentes maneiras de resolver problemas. Quando as pessoas não sabem para onde vão e o líder dirige, não estará o líder a resolver o problema de falta de direcção? Quando o líder treina, não estará a resolver o problema de falta de prática dos seus membros, numa determinada situação? (…)

 

Por isso, o papel do líder poderá ser RESOLVER PROBLEMAS.

 

Antes da liderança funcional o líder resolvia os problemas primários (os inerentes à concretização das tarefas ou dos objectivos). A liderança funcional considera os problemas primários, mas integra os problemas secundários, isto é, os problemas resultantes da interacção com as exigências/stress ao nível tarefa, intrapessoal e interpessoal, cuja importância é extrema porque, uma vez presentes, os problemas secundários tomam precedência sobre os problemas primários.

 

Já estivemos numa situação profissional em que existia um conflito? Nesse momento, estavamos concentrados na resolução dos problemas em “agenda” ou nos resultantes dos conflitos?

 

Para além disto, a liderança funcional clarifica o papel e comportamento funcional, isto é, todo o papel ou comportamento que apoia o objectivo explícito do contexto é funcional. O impacto deste insight poderá ser enorme. Temos um regulamento interno, normas, na nossa organização? Quantas páginas têm? Esse regulamento ajuda as pessoas a regularem o seu comportamento? Essas normas ajudam as pessoas a serem mais autónomas, nas suas acções e decisões? Qual poderá ser o impacto de reduzir essas normas a apenas uma: apoiar o objectivo explícito do contexto?

 

Existem muitas mais diferenças entre o que fazíamos antes da liderança funcional e aquilo que fazemos pós liderança funcional, contudo, neste momento, poderemos estar em condições de responder à seguinte questão:

 

Será que liderança funcional é mais do mesmo?

 

Se não é mais do mesmo, o que é?

 

O QUE É A LIDERANÇA FUNCIONAL?

 

A liderança funcional poderá ser uma forma de liderar, em que cada um assume deliberadamente um comportamento, que apoie o objectivo do contexto. Assim, a liderança funcional estrutura-se através do modelo contexto – objectivo – papel, integrando estes fatores, considerando várias dimensões em cada uma deles, assim como a sua interacção e interdependência.

 

A liderança funcional não renega o processo de desenvolvimento da liderança, mas poderá ser considerada um upgrade.

 

O QUE MUDOU EM FUNÇÃO DA LIDERANÇA FUNCIONAL?

 

Enquanto líderes, conquistamos 3 Campeonatos Nacionais; 3 Vice-Campeonatos; 2 Subidas de Divisão; 10 Campeonatos Distritais; estivemos presentes em 10 Presenças em Fases Finais Nacionais; 15 Fases Finais (Porto); fomos Seleccionador Nacional S16; fomos Treinador do Ano ABP; colaboramos no processo de desenvolvimento que conduziu sete jogadores às Seleções Nacionais (pela 1ª vez); fomos contratados para treinar no estrangeiro.

 

Conseguirmos todos estes resultados em contextos adversos, de “inferioridade”: travando “combates” desiguais.

 

Mas os resultados não ficaram por aqui, experienciamos uma maior satisfação no desempenho das tarefas, uma melhoria da vontade de permanecer e pertencer; e uma melhoria da imagem interna e externa das pessoas, equipas e organizações.

 

SERÁ POSSÍVEL INTEGRAR E SISTEMATIZAR TODOS ESTES CONHECIMENTOS E TRANSFORMÁ-LOS EM FORMAÇÃO, QUE CRIE A POSSIBILIDADE DE MELHORAR AINDA MAIS A CAPACIDADE DE LIDERANÇA?

 

Com base e como resultado de um processo de 28 anos de experiência e desenvolvimento desta perspectiva, (o que incluiu: experiência concreta junto de pessoas e equipas; muito estudo, numa interessante interação entre a teoria e a prática; experiência em formação e oportunidades de sofrer influências de experts a nível nacional e mundial, nesta área, …), é possível desenvolver formação em liderança funcional.

 

Queremos saber mais sobre liderança funcional? Queremos melhorar a nossa capacidade, em utilizar a ferramenta Contexto – Objetivo – Papel? Queremos ser capazes de colocar tudo isto em prática?

 

Cada sistema (Escola de formação, Departamento de formação, Empresa, Grupo de trabalho, Pessoa a título individual - líder, trabalhador, estudante, reformado) poderá ignorar tudo isto, ou decidir fazer algo de concreto.

 

  • Se estamos curiosos quanto a estes conhecimentos

  • Se queremos ganhar competências, para fazer diferente para melhor

  • Se estivermos interessados em desenvolvermo-nos ainda mais

 

Então, podemos criar as seguintes possibilidades:

 

Formação, treino e desenvolvimento

  • A título individual (empresários, líderes, trabalhadores, estudantes, adultos, reformados);

  • Empresas;

  • Escolas de formação, Universidades, Escolas de Gestão de Negócios, Centros de formação, Sindicatos, (...).

 

QUEREMOS + INFO?

 

  • Podes saber mais em:

http://resolverproblemas.wix.com/resolver

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